Observando
Pensando
Buscando
Caminhando
Somente vejo robôs
No meu passar
O tempo roubou
Meus momentos de prazer
O
que fazer?
O
que fazer?
O
que fazer?
Quando
criança é robô
Quando
moça é robô
Quando
rapaz é robô
Quando
jovem senhora é robô
Quando
jovem senhor é robô
Quando
velho é robô
Quando
velha é robô
Quando
todos os que circulam
São
robôs
O
tempo morre
Escorre
Uma
emoção
Sem
ação
Sem
querer
Sem
falar
Sem
dizer
Com
palavras
Como
está?
Todos robôs
Ao meu redor
Virtuais
Virtuais
Virtuais
Virtuais
Virtuais
Virtuais
Anormais
Animais sem amor
Sem o prazer de se comunicar
Com a voz
Com o olhar
Com o escutar
Com o tocar
Com o sentir
Com o sorrir
Com o cheirar
Simplesmente virtuais
Ninguém
fala
Ninguém
olha
Ninguém
sorri
Ninguém
fala
Ninguém
olha
Ninguém
sorri
Ninguém
fala
Ninguém
olha
Ninguém
sorri
Estou ilha
Aqui
Neste mundo virtual
Atemporal
Sou ilha
Ilhado
Inconformado
Inconformado
Inconformado
Inconformado
Inconformado
Inconformado
Estou aqui!
Vejam
Estou aqui!
Estou
aqui!
Vejam
Estou
aqui!
Estou
aqui!
Vejam
Estou
aqui!
Não tenho ninguém
Para
conversar
Olho
no olho
Para
discutir
Olho
no olho
Para
curtir um papo
Olho
no olho
Para
gozar a vida
Olho
no olho
Para
xingar
Olho
no olho
Para sentir o seu toque
Para sentir o seu cheiro
Para sentir a sua voz
Para sentir o seu olhar
Para sentir que me escuta
Não
tem ninguém
Disposto
a saber
Todos
são robôs
Virtuais
Ninguém
se comunica com ninguém...
Ninguém
quer viver...
Todos os que estão ao alcance da minha mão
São robôs!
Preciso de alguém normal
Mortal
Que viva uma ação...
Uma emoção...
Uma emoção...
Quem roubou o sentimento das pessoas?
Alvaro de Oliveira Neto
Fortaleza, 20/02/2014
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